Foi com alegria que demos início ao 2º Curso de Yang Sheng no passado fim de semana.
Aqui vos deixamos as palavras que deram início a este dia:
Sintra, 21 de Maio 2016
Estimados alunos,
Mestres e Professores,
Senhoras e Senhores,
Queridos companheiros no Caminho.
Bem vindos ao 2º curso de Yang Sheng, numa organização conjunta entre a ADP e a InnerQi.
Este curso entra agora no seu 2º ano e continua a gerar interesse suficiente para que sintamos que o trabalho até agora desenvolvido gera frutos.
Na lógica daoista, uma árvore que gera fruto deve ser preservada, para que todos possam dela usufruir.
Portanto, apesar do esforço exigido a toda a equipa formadora, este curso serve para todos aqueles que pretendam aceder às artes daoistas e por aí caminharem, descobrindo e experimentando, ajustando de acordo com a sua necessidade, à sua vida, nos seus variados campos.
Pela nossa parte, procuraremos servir ainda melhor, prosseguindo na promoção e divulgação de uma cultura que acreditamos preencher os requisitos necessários, visando a saúde e a longevidade, assentes em métodos milenares, com resultados assim comprovados nos níveis físico, mental e espiritual.
As bases teóricas e práticas utilizadas radicam no caminho já por alguns realizado, ou seja, pela experiência acumulada ao longo dos anos, na entrega ao estudo e à compreensão dos temas que colocaremos em discussão, bem como às conversas mantidas com vários Mestres e Instituições, resultando numa visão mais esclarecedora sobre estes temas, permitindo, assim, um acesso mais adaptado ao ocidental e à sua cultura, mas mantendo as bases tradicionais vivas e activas, enquadradas em processos simples e de fácil entendimento.
Desta forma, a ADP tem vindo a cumprir os objectivos a que se propôs, desde a sua fundação, em 2010, de desenvolver, contribuir e esclarecer sobre o daoismo nas suas diversas formas.
Para este efeito e salientando apenas alguns momentos, estivemos presentes, em 2011, no Fórum Internacional de daoismo em NanYue, China, a convite da Associação Daoista da China (ADC), que serviu, essencialmente, para promover a adesão a uma visão e postura conjunta com vista ao desenvolvimento do daoismo no mundo: feito de uma forma clara, simples e eficaz, baseado no ensinamento clássico daoista e que proporcione um meio pelo qual possa ser posto em prática, ao serviço das várias comunidades, no mundo.
Neste período de tempo e até 2013, fizemos parte, também a convite da ADC, de outros eventos, com a presença de vários dos nossos elementos no Advanced Course for International Students, a cargo do Chinese Taoist College, em BaiYunGuan (2012-2013), casa mãe do Daoismo de QuanZhen, mais particularmente da linhagem de LongMen, em Pequim.
Ou ainda, nas estadia e visitas ao templo de Qing Hua Gong em Xian (2011-2012), aonde se aprofundaram o estudo dos rituais e outras práticas, bem como a experiência que a vivência diária num templo permite percepcionar.
Em 2016, estivemos presentes no International Taoism Culture Exchange Program, em Taiwan-Taipei, promovido pelo TIE-Taoism Institute e a SanChing Taoism Culture Foundation.
Também em 2016, a ADP, é convidada a fazer parte do comité de instalação da World Taoist Federation.
A participação nestes eventos trouxe um maior conhecimento, de forma directa e original, acerca das bases em que o daoismo atual progride, bem como o modo como é praticado em várias regiões da China e ainda o modo, ou modos, como ele vem sendo praticado noutras regiões da Ásia e agora, no Ocidente, em particular, na Europa e em Portugal.
Por outro lado, em 2010, recebemos o Mestre daoista, Huang, Shi Zhen, abade do templo de Qing Hua Gong, em Xian, China.
Desta visita, resultaram uma série de eventos, tais como palestras, ensinamento e a consagração do Templo LaoZi, em Lisboa, assim gerando condições para o estudo e prática de rituais, essenciais na cultura daoista.
Paralelamente, realizou-se ainda, a 1º Conferência Internacional de Taoismo, em Lisboa, organizada pela ADP e que contou com a presença de vários ses.
Em 2011, foi a vez de recebermos o mestre daoista Wang Ming Quan, do templo da montanha de WeiBao, numa iniciativa conjunta entre as associações Portuguesa e Francesa.
Esta iniciativa ampliou o nosso conhecimento, ajudando a aumentar a nossa compreensão e habilidade nas artes do Dao.
Em 2014, também numa iniciativa conjunta entre a ADP e o Institut International de QiGong, podemos aceder ao conhecimento do YangSheng do cinco animais, bem como a diversos temas da cultura daoista, que nos trouxe o mestre daoista Chen Lisheng, da montanha de WuDang.
Ainda em 2014, organizámos e realizámos uma reunião internacional informal, entre associações de países ocidentais com templo, que além de nós contou com as presenças de Espanha, Itália e Brasil, servindo, no essencial, para comparar experiências e métodos, bem como as dificuldades encontradas na divulgação e promoção do daoismo no Ocidente.
Em 2015, pudemos assistir ao ensinamento que nos trouxe o Presidente da Sociedade Taoista do Brasil, especialista em I Ching, interpretado do modo daoista. Ensinamento esse que se revelou crucial, para alguns dos estudiosos do tema em Portugal.
2016 é o ano de retorno do mestre daoista Huang Shi Zhen, que além da partilha intensiva de conhecimento, demonstrou e, mais uma vez, ensinou a arte da caligrafia, bem como avaliou e titulou duas mestras de rituais, ou CaoGong, do templo LaoZi, em Lisboa. Deste modo, podemos ir mais longe e, com denotado interesse na prática ritualistica, quem sabe, não veremos outros possuir este grau de Mestria em breve.
Assim, estribados nos conceitos e métodos originais, procurámos adaptar construindo, partilhando o conhecimento que, servindo, possa contribuir para uma comunidade mais harmoniosa e esclarecida.
A matriz do futuro reside no presente, por isso, o primeiro passo é muito importante.
O passo que muitos estão a dar implica vencer a inércia do passado e, com renovado impulso, caminhar
Para tal é necessária vontade, querer e motivação, constantes. Por isso, a primeira prática é a da constância.
Assim se percorre o Dao do Céu, cuja característica principal é exactamente esta, a constância.
No DaoDeJing, LaoZi começa por dizer, que o Dao, o Dao verdadeiro é o Dao constante, que não possui começo nem fim, é impalpável, inaudível e invisível e que dele tudo provém e a ele retorna, é a origem misteriosa.
Por isso mesmo, apesar de impossível de ser nomeado, por grande bondade, quando forçado a isso, chamou-lhe Dao.
Assim, o daoismo ensina a perceber o vazio como caminho para a origem e que, no Yangsheng, ou arte daoista que nutre a vida, aparece com dupla possibilidade: praticar na forma e na não-forma, ou dito de outro modo, trabalhar o visível e o invisível.
De facto, a maior parte do espaço é não-visível, por isso perceber como esse invisível afecta e rege o visível, é uma ciência ou sabedoria que apelidamos de Daoismo.
No léxico utilizado no YangSheng, o caminho invisível ou informal é Xing ou a natureza inata e o caminho visível ou formal, é Ming ou destino.
Apesar das práticas diferirem, a atenção, o empenho e a confiança no ensinamento são essenciais, em ambos os caminhos, para adquirir um grau na prática que permita obter resultados por si mesmo e assim, usufruir em liberdade.
De acordo com o ensinamento tradicional, ambos os caminhos devem ser praticados, ou simultaneamente ou de forma alternada, de acordo com a evolução e necessidade do praticante, por forma a regressar ao Dao.
Este aspecto é referido por ZhuangZi, quando nomeia o terceiro capitulo da sua obra de YangSheng Zhu.
Este Zhu refere-se à ideia de algo que transcende a mundanidade, o que, para o daoista, significa que a prática, mesmo quando utiliza o físico, não é dirigida somente ao físico, mas permite ir mais além, constituindo um caminho que, respeitando as suas normas e etapas, permite regressar à origem.
Estas etapas consistem, em primeiro lugar, por adquirir saúde através do estudo e prática, de uma dieta apropriada, das técnicas respiratórias, das várias meditações, de regular o físico com a respiração, do cultivo da energia, permitindo alcançar longevidade, por forma a poder estudar e praticar os textos, os clássicos e as práticas internas, e assim poder, também, contemplar a imortalidade.
Deste modo as práticas de saúde e longevidade daoistas, ou Yang Sheng Zhu, afirmam-se como um sistema composto por práticas variadas, realizadas no tempo e de forma constante, permitindo ao praticante organizar o físico, o mental e o espiritual, de um modo acessível e seguro, gerando as condições conducentes a uma vida mais pacifica, saudável e harmoniosa, de acordo com aquilo que cada um é e busca realizar.
Finalmente, estamos crentes que o esforço e dedicação, que aqui colocamos, possa servir para vos motivar a caminharem connosco, evoluindo investigando, colaborando de maneira pacifica e harmoniosa, por forma a que, em conjunto, possamos produzir um corpo de estudos significativo, sobre estas e outras matérias, produzindo mais inteligência, claridade e transparência nas nossas vidas, de forma pacifica e harmoniosa influenciando o meio em que nos inserimos.
Muito obrigado pelo vosso esforço e atenção,
Cibei
José Barreno
Presidente da Assembleia Geral da ADP
Coordenador de Formação da Inner Qi
Aqui vos deixamos as palavras que deram início a este dia:
Sintra, 21 de Maio 2016
Estimados alunos,
Mestres e Professores,
Senhoras e Senhores,
Queridos companheiros no Caminho.
Bem vindos ao 2º curso de Yang Sheng, numa organização conjunta entre a ADP e a InnerQi.
Este curso entra agora no seu 2º ano e continua a gerar interesse suficiente para que sintamos que o trabalho até agora desenvolvido gera frutos.
Na lógica daoista, uma árvore que gera fruto deve ser preservada, para que todos possam dela usufruir.
Portanto, apesar do esforço exigido a toda a equipa formadora, este curso serve para todos aqueles que pretendam aceder às artes daoistas e por aí caminharem, descobrindo e experimentando, ajustando de acordo com a sua necessidade, à sua vida, nos seus variados campos.
Pela nossa parte, procuraremos servir ainda melhor, prosseguindo na promoção e divulgação de uma cultura que acreditamos preencher os requisitos necessários, visando a saúde e a longevidade, assentes em métodos milenares, com resultados assim comprovados nos níveis físico, mental e espiritual.
As bases teóricas e práticas utilizadas radicam no caminho já por alguns realizado, ou seja, pela experiência acumulada ao longo dos anos, na entrega ao estudo e à compreensão dos temas que colocaremos em discussão, bem como às conversas mantidas com vários Mestres e Instituições, resultando numa visão mais esclarecedora sobre estes temas, permitindo, assim, um acesso mais adaptado ao ocidental e à sua cultura, mas mantendo as bases tradicionais vivas e activas, enquadradas em processos simples e de fácil entendimento.
Desta forma, a ADP tem vindo a cumprir os objectivos a que se propôs, desde a sua fundação, em 2010, de desenvolver, contribuir e esclarecer sobre o daoismo nas suas diversas formas.
Para este efeito e salientando apenas alguns momentos, estivemos presentes, em 2011, no Fórum Internacional de daoismo em NanYue, China, a convite da Associação Daoista da China (ADC), que serviu, essencialmente, para promover a adesão a uma visão e postura conjunta com vista ao desenvolvimento do daoismo no mundo: feito de uma forma clara, simples e eficaz, baseado no ensinamento clássico daoista e que proporcione um meio pelo qual possa ser posto em prática, ao serviço das várias comunidades, no mundo.
Neste período de tempo e até 2013, fizemos parte, também a convite da ADC, de outros eventos, com a presença de vários dos nossos elementos no Advanced Course for International Students, a cargo do Chinese Taoist College, em BaiYunGuan (2012-2013), casa mãe do Daoismo de QuanZhen, mais particularmente da linhagem de LongMen, em Pequim.
Ou ainda, nas estadia e visitas ao templo de Qing Hua Gong em Xian (2011-2012), aonde se aprofundaram o estudo dos rituais e outras práticas, bem como a experiência que a vivência diária num templo permite percepcionar.
Em 2016, estivemos presentes no International Taoism Culture Exchange Program, em Taiwan-Taipei, promovido pelo TIE-Taoism Institute e a SanChing Taoism Culture Foundation.
Também em 2016, a ADP, é convidada a fazer parte do comité de instalação da World Taoist Federation.
A participação nestes eventos trouxe um maior conhecimento, de forma directa e original, acerca das bases em que o daoismo atual progride, bem como o modo como é praticado em várias regiões da China e ainda o modo, ou modos, como ele vem sendo praticado noutras regiões da Ásia e agora, no Ocidente, em particular, na Europa e em Portugal.
Por outro lado, em 2010, recebemos o Mestre daoista, Huang, Shi Zhen, abade do templo de Qing Hua Gong, em Xian, China.
Desta visita, resultaram uma série de eventos, tais como palestras, ensinamento e a consagração do Templo LaoZi, em Lisboa, assim gerando condições para o estudo e prática de rituais, essenciais na cultura daoista.
Paralelamente, realizou-se ainda, a 1º Conferência Internacional de Taoismo, em Lisboa, organizada pela ADP e que contou com a presença de vários ses.
Em 2011, foi a vez de recebermos o mestre daoista Wang Ming Quan, do templo da montanha de WeiBao, numa iniciativa conjunta entre as associações Portuguesa e Francesa.
Esta iniciativa ampliou o nosso conhecimento, ajudando a aumentar a nossa compreensão e habilidade nas artes do Dao.
Em 2014, também numa iniciativa conjunta entre a ADP e o Institut International de QiGong, podemos aceder ao conhecimento do YangSheng do cinco animais, bem como a diversos temas da cultura daoista, que nos trouxe o mestre daoista Chen Lisheng, da montanha de WuDang.
Ainda em 2014, organizámos e realizámos uma reunião internacional informal, entre associações de países ocidentais com templo, que além de nós contou com as presenças de Espanha, Itália e Brasil, servindo, no essencial, para comparar experiências e métodos, bem como as dificuldades encontradas na divulgação e promoção do daoismo no Ocidente.
Em 2015, pudemos assistir ao ensinamento que nos trouxe o Presidente da Sociedade Taoista do Brasil, especialista em I Ching, interpretado do modo daoista. Ensinamento esse que se revelou crucial, para alguns dos estudiosos do tema em Portugal.
2016 é o ano de retorno do mestre daoista Huang Shi Zhen, que além da partilha intensiva de conhecimento, demonstrou e, mais uma vez, ensinou a arte da caligrafia, bem como avaliou e titulou duas mestras de rituais, ou CaoGong, do templo LaoZi, em Lisboa. Deste modo, podemos ir mais longe e, com denotado interesse na prática ritualistica, quem sabe, não veremos outros possuir este grau de Mestria em breve.
Assim, estribados nos conceitos e métodos originais, procurámos adaptar construindo, partilhando o conhecimento que, servindo, possa contribuir para uma comunidade mais harmoniosa e esclarecida.
A matriz do futuro reside no presente, por isso, o primeiro passo é muito importante.
O passo que muitos estão a dar implica vencer a inércia do passado e, com renovado impulso, caminhar
Para tal é necessária vontade, querer e motivação, constantes. Por isso, a primeira prática é a da constância.
Assim se percorre o Dao do Céu, cuja característica principal é exactamente esta, a constância.
No DaoDeJing, LaoZi começa por dizer, que o Dao, o Dao verdadeiro é o Dao constante, que não possui começo nem fim, é impalpável, inaudível e invisível e que dele tudo provém e a ele retorna, é a origem misteriosa.
Por isso mesmo, apesar de impossível de ser nomeado, por grande bondade, quando forçado a isso, chamou-lhe Dao.
Assim, o daoismo ensina a perceber o vazio como caminho para a origem e que, no Yangsheng, ou arte daoista que nutre a vida, aparece com dupla possibilidade: praticar na forma e na não-forma, ou dito de outro modo, trabalhar o visível e o invisível.
De facto, a maior parte do espaço é não-visível, por isso perceber como esse invisível afecta e rege o visível, é uma ciência ou sabedoria que apelidamos de Daoismo.
No léxico utilizado no YangSheng, o caminho invisível ou informal é Xing ou a natureza inata e o caminho visível ou formal, é Ming ou destino.
Apesar das práticas diferirem, a atenção, o empenho e a confiança no ensinamento são essenciais, em ambos os caminhos, para adquirir um grau na prática que permita obter resultados por si mesmo e assim, usufruir em liberdade.
De acordo com o ensinamento tradicional, ambos os caminhos devem ser praticados, ou simultaneamente ou de forma alternada, de acordo com a evolução e necessidade do praticante, por forma a regressar ao Dao.
Este aspecto é referido por ZhuangZi, quando nomeia o terceiro capitulo da sua obra de YangSheng Zhu.
Este Zhu refere-se à ideia de algo que transcende a mundanidade, o que, para o daoista, significa que a prática, mesmo quando utiliza o físico, não é dirigida somente ao físico, mas permite ir mais além, constituindo um caminho que, respeitando as suas normas e etapas, permite regressar à origem.
Estas etapas consistem, em primeiro lugar, por adquirir saúde através do estudo e prática, de uma dieta apropriada, das técnicas respiratórias, das várias meditações, de regular o físico com a respiração, do cultivo da energia, permitindo alcançar longevidade, por forma a poder estudar e praticar os textos, os clássicos e as práticas internas, e assim poder, também, contemplar a imortalidade.
Deste modo as práticas de saúde e longevidade daoistas, ou Yang Sheng Zhu, afirmam-se como um sistema composto por práticas variadas, realizadas no tempo e de forma constante, permitindo ao praticante organizar o físico, o mental e o espiritual, de um modo acessível e seguro, gerando as condições conducentes a uma vida mais pacifica, saudável e harmoniosa, de acordo com aquilo que cada um é e busca realizar.
Finalmente, estamos crentes que o esforço e dedicação, que aqui colocamos, possa servir para vos motivar a caminharem connosco, evoluindo investigando, colaborando de maneira pacifica e harmoniosa, por forma a que, em conjunto, possamos produzir um corpo de estudos significativo, sobre estas e outras matérias, produzindo mais inteligência, claridade e transparência nas nossas vidas, de forma pacifica e harmoniosa influenciando o meio em que nos inserimos.
Muito obrigado pelo vosso esforço e atenção,
Cibei
José Barreno
Presidente da Assembleia Geral da ADP
Coordenador de Formação da Inner Qi
Início do 2º Curso de Yang Sheng
Serra de Sintra
1º Ano 2016/2017
Turma de 1º Ano 2016/2017
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