A Associação Daoista de Portugal esteve
presente nas
1ª Jornadas de Cultura e Medicina Tradicional Chinesa, organizadas pelo IMT,
1ª Jornadas de Cultura e Medicina Tradicional Chinesa, organizadas pelo IMT,
que tiveram lugar no passado dia 20 de Setembro na Faculdade de Ciências.
Foi uma honra estar presente e ter a oportunidade de falar e partilhar um pouco do Projecto Solidário, que nos é tão caro.
Foi uma honra estar presente e ter a oportunidade de falar e partilhar um pouco do Projecto Solidário, que nos é tão caro.
Publicamos aqui na íntegra o discurso apresentado nesta ocasião:
Programa de
voluntariado com populações desfavorecida:
Projecto
Solidário da Associação Daoista de Portugal
Estimados membros do painel, convidados e participantes, Senhoras e Senhores,
muito boa tarde.
A Associação Daoista de Portugal foi criada em 2010, sendo o seu principal propósito a divulgação do Daoismo em todas as suas vertentes.
Acreditamos que, através das práticas Daoistas, o desenvolvimento harmonioso de cada um é possível, contribuindo para a Cooperação e o Desenvolvimento pela Paz, Harmonia e Tranquilidade de todos os Seres.
A Associação desenvolve o seu trabalho de dar a conhecer e aprofundar vários aspectos do Daoismo, desde a filosofia às artes energéticas e artísticas, enfim, os vários campos do saber Daoista, nomeadamente a Medicina Chinesa.
No campo da Medicina Chinesa e da Saúde, houve, desde o início, a necessidade de um espaço onde sócios, familiares, amigos e conhecidos, pudessem usufruir de um serviço de Medicina Chinesa, combatendo a doença, reforçando a prevenção mantendo a saúde e o bem-estar.
Assim, graças à motivação de todos os sócios, surgiu o Projecto Solidário da Associação Daoista de Portugal.
Tendo em conta que a MTC é uma terapêutica dispendiosa para o utente, propôs-se um serviço dirigido à população mais carenciada, ao qual os sócios aderiram muito rapidamente. Este é um serviço voluntário com tendência à gratuidade, que subsiste graças à generosidade dos sócios da ADP, que contribuem com as suas quotas e donativos, permitindo manter o serviço em funcionamento, bem como graças ao trabalho e empenho de todos os técnicos envolvidos, que exercem na ADP a título gracioso.
De acordo com as regras de funcionamento da Associação, são os próprios sócios que recomendam este serviço àqueles que entendem serem mais necessitados dele. Recorrem assim ao serviço de Medicina Chinesa da ADP tanto os sócios e seus familiares, como todos aqueles que não reúnem condições financeiras para um tratamento completo em clínica privada.
Gostaríamos de realçar que os números médios de consultas têm vindo claramente a aumentar ao longo destes anos que levamos de existência, e que os casos clínicos são cada vez mais diversificados.
Desde enxaqueca, rinite alérgica, dor lombar e problemas digestivos às insónias, depressões, doença de Crohn, hemiplégia ou sequelas de AVC, sem esquecer os pacientes oncológicos e tantos outros, especialistas e estagiários deparam-se com uma grande variedade de casos, colocando desafios aos quais todos têm respondido de forma muito positiva.
Este Projecto permite portanto, como referido, admitir estudantes para estágio. Neste serviço, o estagiário encontra-se face a uma realidade clínica exigente, e aprende a dominar as ferramentas que uma prática séria exige. O estagiário tem a possibilidade de acompanhar diferentes casos clínicos do início ao fim, sendo que o trabalho que lhe é pedido varia consoante as suas competências, e de acordo com a sua evolução vai também adquirindo novas responsabilidades.
Não é só para o estagiário que este projecto é um desafio. Por exemplo, recentemente, com o alargar de competências de cada especialista envolvido no projecto, tem crescido a capacidade e a necessidade de alargar o serviço ao tratamento de crianças, visto que esta procura tem vindo a aumentar.
Por outro lado, estamos a estender este serviço a outras localidades do país, sendo que temos neste momento dois Centros em funcionamento, e outro em preparação -- todos eles em diferentes cidades.
Estas unidades surgem pela entrega e dedicação de alunos e estagiários que procuram alargar este serviço aos seus locais de residência.
Graças aos seus esforços, e graças aos esforços dos sócios, que teimam em acreditar neste projecto, é possível desenvolver todo este trabalho. E não me canso de referir também todo o trabalho voluntário desenvolvido por todos os especialistas e estagiários envolvidos, pela Presidente da ADP, Vanessa Sirvain, e pelo Prof. José Barreno, sem o qual nada disto existiria.
O objectivo do Projecto Solidário da ADP e deste serviço é tratar, claro, mas também propôr um programa de manutenção da Saúde, que inclui movimentos para a saúde, prática respiratória, alimentação.
Entendemos que, para haver eficácia na manutenção da saúde, tem de haver uma responsabilização do paciente pela sua própria saúde. Portanto, ao longo e no final de um tratamento, propõe-se um trabalho sobre a prevenção e a manutenção da saúde.
Entendemos que o papel pedagógico é muito importante, para não dizer fundamental.
Aliás, o sistema completo que é proposto na ADP inclui a Medicina Chinesa e a Acupunctura, mas também o Yang Sheng -- Práticas de Saúde e Longevidade Daoistas (e aqui incluimos Dao Yin, a integração com os ciclos da Natureza, a Alimentação, as Práticas Respiratórias, etc.) -- e ainda a Meditação para a tranquilização da Mente.
Assim, uma pessoa que recorra à Medicina Chinesa, ao longo do tratamento, será instruída acerca de uma prática respiratória simples ou acerca de alimentação, consoante a sua necessidade; poderá ainda ser convidada a aprender as Práticas de Saúde e Longevidade ou a Meditação. Em muitos casos, é o próprio indivíduo que, à medida que recupera a Saúde, procura saber mais acerca de como preservá-la.
No essencial, procura-se transmitir técnicas simples de manutenção da saúde, adequadas a cada pessoa, e que cada um possa pôr em prática no seu dia-a-dia, melhorando a sua qualidade de vida e a daqueles que o rodeiam.
Porque:
Obrigada pela vossa atenção.
Ci bei .
(Discurso lido pela Vice-Presidente da ADP, Mariana Branco)
A Associação Daoista de Portugal foi criada em 2010, sendo o seu principal propósito a divulgação do Daoismo em todas as suas vertentes.
Acreditamos que, através das práticas Daoistas, o desenvolvimento harmonioso de cada um é possível, contribuindo para a Cooperação e o Desenvolvimento pela Paz, Harmonia e Tranquilidade de todos os Seres.
A Associação desenvolve o seu trabalho de dar a conhecer e aprofundar vários aspectos do Daoismo, desde a filosofia às artes energéticas e artísticas, enfim, os vários campos do saber Daoista, nomeadamente a Medicina Chinesa.
No campo da Medicina Chinesa e da Saúde, houve, desde o início, a necessidade de um espaço onde sócios, familiares, amigos e conhecidos, pudessem usufruir de um serviço de Medicina Chinesa, combatendo a doença, reforçando a prevenção mantendo a saúde e o bem-estar.
Assim, graças à motivação de todos os sócios, surgiu o Projecto Solidário da Associação Daoista de Portugal.
Tendo em conta que a MTC é uma terapêutica dispendiosa para o utente, propôs-se um serviço dirigido à população mais carenciada, ao qual os sócios aderiram muito rapidamente. Este é um serviço voluntário com tendência à gratuidade, que subsiste graças à generosidade dos sócios da ADP, que contribuem com as suas quotas e donativos, permitindo manter o serviço em funcionamento, bem como graças ao trabalho e empenho de todos os técnicos envolvidos, que exercem na ADP a título gracioso.
De acordo com as regras de funcionamento da Associação, são os próprios sócios que recomendam este serviço àqueles que entendem serem mais necessitados dele. Recorrem assim ao serviço de Medicina Chinesa da ADP tanto os sócios e seus familiares, como todos aqueles que não reúnem condições financeiras para um tratamento completo em clínica privada.
Gostaríamos de realçar que os números médios de consultas têm vindo claramente a aumentar ao longo destes anos que levamos de existência, e que os casos clínicos são cada vez mais diversificados.
Desde enxaqueca, rinite alérgica, dor lombar e problemas digestivos às insónias, depressões, doença de Crohn, hemiplégia ou sequelas de AVC, sem esquecer os pacientes oncológicos e tantos outros, especialistas e estagiários deparam-se com uma grande variedade de casos, colocando desafios aos quais todos têm respondido de forma muito positiva.
Este Projecto permite portanto, como referido, admitir estudantes para estágio. Neste serviço, o estagiário encontra-se face a uma realidade clínica exigente, e aprende a dominar as ferramentas que uma prática séria exige. O estagiário tem a possibilidade de acompanhar diferentes casos clínicos do início ao fim, sendo que o trabalho que lhe é pedido varia consoante as suas competências, e de acordo com a sua evolução vai também adquirindo novas responsabilidades.
Não é só para o estagiário que este projecto é um desafio. Por exemplo, recentemente, com o alargar de competências de cada especialista envolvido no projecto, tem crescido a capacidade e a necessidade de alargar o serviço ao tratamento de crianças, visto que esta procura tem vindo a aumentar.
Por outro lado, estamos a estender este serviço a outras localidades do país, sendo que temos neste momento dois Centros em funcionamento, e outro em preparação -- todos eles em diferentes cidades.
Estas unidades surgem pela entrega e dedicação de alunos e estagiários que procuram alargar este serviço aos seus locais de residência.
Graças aos seus esforços, e graças aos esforços dos sócios, que teimam em acreditar neste projecto, é possível desenvolver todo este trabalho. E não me canso de referir também todo o trabalho voluntário desenvolvido por todos os especialistas e estagiários envolvidos, pela Presidente da ADP, Vanessa Sirvain, e pelo Prof. José Barreno, sem o qual nada disto existiria.
O objectivo do Projecto Solidário da ADP e deste serviço é tratar, claro, mas também propôr um programa de manutenção da Saúde, que inclui movimentos para a saúde, prática respiratória, alimentação.
Entendemos que, para haver eficácia na manutenção da saúde, tem de haver uma responsabilização do paciente pela sua própria saúde. Portanto, ao longo e no final de um tratamento, propõe-se um trabalho sobre a prevenção e a manutenção da saúde.
Entendemos que o papel pedagógico é muito importante, para não dizer fundamental.
Aliás, o sistema completo que é proposto na ADP inclui a Medicina Chinesa e a Acupunctura, mas também o Yang Sheng -- Práticas de Saúde e Longevidade Daoistas (e aqui incluimos Dao Yin, a integração com os ciclos da Natureza, a Alimentação, as Práticas Respiratórias, etc.) -- e ainda a Meditação para a tranquilização da Mente.
Assim, uma pessoa que recorra à Medicina Chinesa, ao longo do tratamento, será instruída acerca de uma prática respiratória simples ou acerca de alimentação, consoante a sua necessidade; poderá ainda ser convidada a aprender as Práticas de Saúde e Longevidade ou a Meditação. Em muitos casos, é o próprio indivíduo que, à medida que recupera a Saúde, procura saber mais acerca de como preservá-la.
No essencial, procura-se transmitir técnicas simples de manutenção da saúde, adequadas a cada pessoa, e que cada um possa pôr em prática no seu dia-a-dia, melhorando a sua qualidade de vida e a daqueles que o rodeiam.
Porque:
"Só aquele que tem vida
Que não é dura demais
Pode a vida apreciar."
- diz Lao Zi no capítulo 75 do Dao De Jing, aqui traduzido por Agostinho da Silva.
De acordo com o Daoismo, a Saúde conduz à Harmonia, e
"Tudo o que puder ser alcançado, alcança-se através da Harmonia"
- diz o capítulo 10 do Dao De Jing, na tradução de João Reis.
Este é, em linhas gerais, o trabalho que realizamos na ADP, cooperando e desenvolvendo, beneficiando sem prejudicar.
Obrigada pela vossa atenção.
Ci bei .
(Discurso lido pela Vice-Presidente da ADP, Mariana Branco)
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